Som, cor e ancestralidade marcam a abertura do Festival Africanidades
Na noite desta segunda-feira, 3, foi realizada na Cidade Universitária a cerimônia de abertura do Festival Africanidades, evento que faz parte da campanha ‘Eu Respeito’ e celebra o Mês da Consciência Negra. A solenidade, que contou com a apresentação da Banda Batuquecanta, a intervenção artística do Coletivo Tarja Preta e o desfile de moda afro sustentável, reuniu estudantes, professores, membros da gestão e a comunidade em uma grande celebração da cultura, diversidade e respeito.
O vice-reitor Albert Schiaveto destacou a importância da ação promovida pela Universidade e ressaltou o papel da instituição na valorização dos saberes afro-brasileiros e africanos. “Essa é uma ação extremamente importante, promovida pela UFMS, pela nossa pró-reitoria de Cidadania e Sustentabilidade, em parceria com outras instituições, para que a gente possa valorizar os saberes afro-brasileiros e africanos. É um reconhecimento de que esses saberes fazem parte da nossa cultura, da nossa identidade nacional. […] É muito importante termos dentro da Universidade um festival como esse, com várias atividades que valorizam o combate ao racismo, pois é um momento de reflexão. O Brasil é um país com muitos descendentes de africanos, e por isso é extremamente importante valorizarmos esses conhecimentos, essa cultura, que faz parte da identidade do nosso país.”
A pró-reitora de Cidadania e Sustentabilidade (Procids), Vivina Sol destacou o compromisso da UFMS com a sustentabilidade, a diversidade e a inclusão. “A nossa Universidade tem esse olhar para a diversidade, para a pluralidade e para a inclusão.[…] A nossa preocupação é que o Mês da Consciência Negra seja um mês transversal, que essa discussão não aconteça apenas em novembro, mas que esteja presente no nosso cotidiano, nas salas de aula e nas pesquisas, pois é um tema que não pode ser deixado de lado. Nós vimos aqui, por meio das músicas, das poesias, do grito e da necessidade, o quanto precisamos olhar para essas pessoas que ainda não estão fazendo parte dessa sociedade. Com essas ações dentro da UFMS, nós mostramos o quanto é importante e o quanto é rica essa diversidade cultural.”
A coordenadora do Projeto Livres, Rosangela Maria do Nascimento, ressaltou o papel de envolver as crianças da comunidade em ações que promovam inclusão e cidadania. “Nós apresentamos essa proposta para a Universidade porque sempre orientamos e ensinamos as nossas crianças para que elas se sintam parte das instituições, e para que entendam que são capazes de vencer. O nosso projeto tem como objetivo semear nos corações das crianças a consciência de seu valor e de sua capacidade de transformação. Por isso, nós semeamos e mostramos para eles, da periferia, a importância que têm nessa construção e nessa engrenagem chamada sociedade. A transformação da sociedade só vem através da educação. A nossa militância é mostrar que todos nós temos direito e que esses espaços são nossos também”, concluiu.
O primeiro dia de festival contou ainda com a abertura da exposição Raízes em Movimento, do Coletivo Enegrecer, na galeria do Teatro Luís Felipe de Oliveira. A mostra reúne obras de diversos artistas e permanecerá em cartaz durante todo o mês de novembro.
A programação continua até este sábado, 8, com palestras, mesas-redondas e atividades artísticas e pode ser conferida aqui.
Texto: Lúcia Santos
Fotos: Heloísa Garcia e Rúbia Pedra










